O contexto de isolamento social provocado pela pandemia do COVID-19 acelerou o desenvolvimento de meios virtuais de acesso às expressões da cultura e da Arte, cuja interação direta, presencial, até então nos parecia insubstituíveis.
A privação das condições adequadas ou "ideais" para a apreciação e/ou vivência artístico-culturais intensificou a validação dos já existentes recursos medianeiros que, por sua vez, se aprimoraram com o aporte tecnológico instantaneamente modelado para a demanda emergencial.
Se no atual momento de epicentro pandêmico esses recursos são, basicamente, as estratégias possíveis na cadeia produtiva e difusora das Artes, no futuro (recente) serão ferramentas complementares de grande utilidade e utilização. Ao se tornarem cada vez mais interativas, proporcionarão experiências estéticas muito aproximadas das vivências in situ.
É nesse espectro que criou-se o EVE - Espaço Virtual Expositivo, que se incorpora dos recursos das redes sociais (no caso, o instagram), para pensá-lo como ambiente de fruição artística integrada à vida [virtual] cotidiana, sem a necessidade de busca por esse tipo de experiência em outros cyber territórios.
Talvez, no futuro, percebamos que essas possibilidades que o meios digitais nos oferecem neste momento - e que estão em exponencial processo de [r]evolução - terão grande parcela de responsabilidade para o alcance da democratização do acesso aos bens culturais, a qual ainda se apresenta como projeto utópico na realidade brasileira.